Quem tem formação ou trabalha em áreas da comunicação, como publicidade e propaganda, jornalismo, design gráfico sabe identificar qual é o meio de comunicação para produzir conteúdo e adaptar a mensagem.
Não usamos da mesma forma uma comunicação para revista e para o jornal. Sabemos que fazer conteúdo para TV é diferente de fazer conteúdo para cinema ou rádio.
A diferença da web é que, potencialmente, cada site pode ter a linguagem que quisermos, ou seja, significação. Quero dizer que as escolhas que fazemos na elaboração do website ou do sistema web, que parte desde arquitetura da informação e engenharia de software, partem de uma metáfora ao mundo que o visitante conhece.
Acredito que em vez de diferenciar um website e uma aplicação web, podemos chamá-los simplesmente de espaço web, pois sua complexidade vai depender de sua proposta: ser um meio de comunicação ou uma ferramenta.
Na medida em que sei a forma como quero passar uma mensagem, consigo trabalhar melhor meu projeto HTML e CSS, selecionar os recursos que preciso.
Vou pegar como exemplo um site de e-commerce. De forma geral, temos o conceito simplificado de que é uma loja virtual. Tentamos fazer a analogia com o espaço físico, representar o papel do vendedor, da vitrine, do catálogo comercial, do tabloide etc. Embora a tendência seja transferir esses conceitos tradicionais, temos que pensá-los sob o ponto de vista do hipertexto.
Se pegarmos o conceito de Pierre Lévy de que o hipertexto é um conjunto de nós interligados e que eles podem ser qualquer coisa: áudio, vídeo, arquivo HTML, pessoas, localização etc. e, quando faço essa ligação, a topologia de significação formada transmite uma mensagem que tem a ver com a proposta de valor do autor desse espaço web. Essa é a proposta da web semântica: ter significado pelo uso e ligação de seus elementos.
O HTML 5, CSS 3 juntamente com o JavaScript vieram para viabilizar essa construção de significados que as pessoas podem entender e interagir, bem como as máquinas. Fica mais fácil para ambas as partes.
Como citei de exemplo um e-commerce, vou apresentar isso de forma visual.
Vou pegar sites bem conhecidos. O primeiro o da Americanas.com.
Vou usar essa ferramenta disponibilizada neste endereço: https://gsnedders.html5.org/outliner/. Utilizem e façam seus próprios testes.
Isto tem influência nos sistemas de busca, que é relevante para os profissionais de comunicação e marketing.
Este é o seu espaço web, ou se preferirem, sua loja virtual. Ela pode até ter seu significado visual para o visitante, mas a forma como a máquina vai entender sua semântica vai identificar vários erros.
Agora vou pegar o site de outro e-commerce: http://www.efacil.com.br/.
Coloquem na ferramenta e vejam como está seu outliner. Está muito mais amigável para os sistemas de buscas, também para o proprietário do site e para todos que trabalham diretamente com o site.
Notem que existe uma similaridade com o sumário de um livro e não é por acaso. Um website é um livro multimídia interativo que pode ser utilizado de acordo com a nossa imaginação. 😀
Não existe certo ou errado, existem apenas os princípios do hipertexto e as possibilidades de recurso que a web permite, que agora com o HTML 5 e CSS 3 ficou muito mais interessante para quem gosta de imaginar espaços web.
Por isso que projetos web envolvem uma equipe multidisciplinar que entende de desenvolvimento de sistemas, de design (forma e função) e de comunicação.
Agora é meu recado especialmente para os publicitários e alunos de publicidade. Quem quer trabalhar com web precisa sim aprender a programar para ter maior liberdade criativa. É a mesma coisa querer se redator e não saber escrever. Ser fotógrafo e não saber tirar fotos.
Para quem quiser aprender sobre HTML e CSS pode se inscrever no meu canal no YouTube e acompanhar algumas vídeos aulas.
Logo abaixo coloco a playlist deste curso. Cada semana vou publicar novos vídeos, continuidade do assunto.
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